Em uma dinâmica de grupo, é comum ver pessoas assumindo um papel, como se estivessem representando um personagem ideal em uma peça de teatro.

Segundo o especialista Juliano Casa, gerente da Page Talent, especializada na estruturação e condução de processos seletivos para estagiários e trainees, como o perfil que a empresa busca não é público, os candidatos fantasiam um perfil ideal e tentam se adequar a ele. “Eles pensam que, por uma empresa ser mais agressiva, ela automaticamente busca pessoas assim”, afirma. Isso, no entanto, não faz sentido, porque mesmo uma empresa agressiva pode ter uma vaga analítica – e vice-versa.

Juliano afirma que mostrar quem você realmente é facilita a vida de todo mundo. “Se você for contratado pelas suas características provavelmente vai se realizar mais no trabalho”, diz ele. Sem contar que, se ninguém estiver fazendo cena, a empresa provavelmente também vai encontrar o candidato mais alinhado ao perfil que ela busca – o que aumenta consideravelmente as chances dessa relação ter futuro. “Se você for autêntico, você sempre acertará”, afirma. “Se não conseguir a vaga, pode saber que foi melhor para você”, diz ele.

Juliano ressalta cinco características bem valorizadas em praticamente toda dinâmica de grupo, especialmente quando se trata do público mais jovem. Se você não tem qualquer um deles bem desenvolvido, a dica é correr atrás.

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Autoconhecimento. Quando você se conhece, consegue expor seus pontos fortes e saber o que faz você se motivar e criar vínculos;

Humildade. Saber reconhecer que o conhecimento dos outros tem tanto valor quanto o seu é essencial em qualquer processo seletivo. Não importa se o outro tem outra realidade ou vem de uma instituição de ensino teoricamente inferior à sua;

Senso crítico. É preciso analisar criticamente as informações que você recebe e saber se portar em grupo. “Isso ajuda tanto na dinâmica de grupo quanto na performance do dia a dia de trabalho”;

Resiliência
. É a capacidade de se reinventar, sem perder sua autenticidade, para atingir novos objetivos e resultados. “Não importa quantas vezes você caia, importa a velocidade com que você se levanta”, diz ele;

Curiosidade intelectual. A dica é ir atrás, pesquisar a empresa em que você quer trabalhar, ler os canais de relação com investidores para saber como ela está financeiramente e qual deve ser o futuro, pesquisar as práticas de gestão de pessoas e conversar com funcionários, ex-funcionários e até o RH. “Diga que seu sonho é trabalhar lá e peça para alguém contar como é”, recomenda. “A curiosidade abre muitas portas”.

Por: Fernanda Bottoni
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Joao é especialista em marketing e tecnologia, com formação sólida na USP e passagem por empresas como Dexco, Starbucks, Subway, Anima, FCamara e Viva Decora. Co-fundador da Domuz e criador de conteúdo.