Regras gerais
O “morar sozinho” está entre aspas lá em cima só pela ausência da família, porque é impossível ficar sozinho e dormir tranquilamente numa república, pois a movimentação não para. Além dos moradores, é permitida a entrada de amigos, portanto é preciso aprender a conviver com as outras pessoas que vivem, mas na prática não moram lá. O mesmo serve para as namoradas. O cara pode levar sua mina para o quarto numa boa. O problema é que não tem como entrar ou sair escondido. Algumas ficam com vergonha ao saírem do quarto e ver os outros moradores pensando: “humm, eu sei o que você fez lá dentro!.”, enquanto outras não ligam pra isso e até preferem que saibam. Por outro lado, eles se aproveitam pra zuar com elas.
A regra “comeu, limpou” dá bastante certo e evita dores de cabeça, por isso é preciso respeitar. Geralmente, os caras aprendem a cozinhar, mas rola bastante comida congelada e queimada também. Nuggets, miojo e katchup são indispensáveis.
Sem regras
Principalmente no caso em que o nível de amizade dos moradores é grande, ninguém precisa cumprir nem cobrar nada de ninguém porque a organização, assim como o relaxo são mútuos e todos chegam a um acordo. Quando não dá mais pra dar dois passos sem chinelo porque o chão virou um tapete de sujeira, o próximo final de semana será para limpar a casa.
Esquece que você tem um sabonete e um shampoo só seu. Se está lá no banheiro alguém mais vai usar. O mesmo acontece com comida. Você está na sua casa e se sente no direito de comer algo que tem vontade quando abre a geladeira. Se for de outra pessoa, basta repor depois e não reclamar quando acontecer com você. Nesse caso vale entrar num acordo antes pra evitar brigas. As compras conjuntas são uma solução.
Nova família
Muito tempo de convivência faz as pessoas criarem um forte vínculo entre si. Quando um sai sem avisar e demora pra voltar os outros fazem o papel de mãe e ligam pra saber onde o cara se enfiou. A preocupação e o zelo um pelo outro acaba se tornando natural e é o maior aprendizado que se pode levar. Saber lhe dar com pessoas que vieram de lugares diferentes, que tem diferentes costumes não é tarefa fácil e aprender a dividir as coisas, se adaptar e se organizar é um desafio que acaba sendo vencido pelo bom senso e respeito.